CIRURGIA DO COLO UTERINO
OPÇOES TERAPÊUTICAS PRÁTICAS PARA O TRATAMENTO DE NEOPLASIA INTRAEPITELIAL CERVICAL:
Os tratamentos consistem em retirar ou destruir as áreas alteradas no colo do útero. Existem diversas técnicas, sendo a LEEP a mais utilizada.
Deve-se levar em consideração sempre a excisão da alteração, com estudo da peça retirada para avaliar se a lesão saiu toda (margens livres) e essa técnica deve causar o menor dano possível ao útero.
Técnicas:
- LEEP - Excisão elétrocirúrgica com alça - utiliza energia elétrica, em alta frequência, que, ao mesmo tempo em que corta, coagula o tecido remanescente. Essa técnica substituiu em quase todos os centros a técnica a LASER. A sigla LEEP é a abreviação em inglês de Loop Electrosurgical Excision Procedure.
- LASER DE DIÓXIDO DE CARBONO - criado em 1980, com ótimos resultados, mas custo elevado e diíicil manipulação devido ao instrumental.
- CRIOTERAPIA - destrói as células por congelamento, faz crionecrose. Não permite estudo histopatológico das células destruidas, sendo indicado somente a pacientes selecionados.
- CONIZAÇÃO COM BISTURI FRIO - Retira-se a área alterada com a lâmina de bisturi. Maior chance de sangramento.
RELAÇÃO DESTES PROCEDIMENTOS COM INFERTILIDADE E GRAVIDEZ FUTURA
Todos estes procedimentos retiram ou destroem parte do colo uterino, com isso algumas células do canal que produzem muco são retiradas e o colo do útero fica mais curto. Essas alterações na anatomia do colo podem gerar:
Infertilidade - fator cervical:
- Diminuição ou alteração da qualidade do muco cervical.
- Estenose do colo uterino.
Gravidez futura - fator cervical:
- Aumenta o risco de incompetência istmo cervical.
- Aumenta o risco de parto prematuro.
- Aumento do risco de baixo peso ao nascer.
- Aumento do risco de ruptura de membranas amnióticas.
Independente da técnica, o risco dessas complicações é diretamente relacionado ao tamanho da área excisada durante o procedimento cirúrgico. Quanto maior a área, maior o trauma e maior a chance de desenvolver.